Quanto custa manter um carro elétrico no Brasil atualmente

Nos últimos anos, os carros elétricos deixaram de ser apenas uma tendência distante e começaram a ganhar espaço nas ruas brasileiras e no mundo automotivo.
Pois, com o avanço da tecnologia, a ampliação da infraestrutura de recarga e uma maior consciência ambiental, mais consumidores estão considerando essa alternativa na hora de trocar de carro. O que antes só se via no Salão do Carro, hoje tornou-se comum.
No entanto, uma dúvida comum ainda paira no ar: quanto custa realmente manter um carro elétrico no Brasil em 2025?
Por isso, neste artigo, vamos explorar os principais pontos que influenciam nos custos de manutenção de um carro elétrico. Além disso, mostraremos se esse investimento vale a pena para o seu perfil de uso.
Custos com recarga e consumo de energia
Um dos grandes atrativos dos carros elétricos é o custo reduzido por quilômetro rodado. Enquanto o preço da gasolina varia constantemente, o custo da energia elétrica tende a ser mais estável e, na maioria das vezes, mais barato. Assim, muitas pessoas preferem elétricos na hora de comprar ou alugar carro.
Em média, o consumo de energia de um carro elétrico gira em torno de 15 kWh para percorrer 100 km. Considerando uma tarifa residencial de R$ 0,70 por kWh, o custo seria de aproximadamente R$ 10,50 para rodar 100 km — bem menos do que os cerca de R$ 35 a R$ 40 gastos com um carro a gasolina no mesmo trajeto.
Se o veículo for recarregado em casa, especialmente durante o período noturno (quando algumas concessionárias oferecem tarifas reduzidas), o custo pode ser ainda mais vantajoso. Já os pontos de recarga públicos, em sua maioria, ainda são gratuitos ou cobram valores simbólicos, embora esse cenário esteja mudando gradualmente com a popularização do serviço.
Manutenção preventiva e corretiva
Ao contrário dos carros a combustão, os modelos elétricos têm menos peças móveis. Isso reduz consideravelmente o número de revisões e a possibilidade de falhas mecânicas.
Itens como troca de óleo, correias e velas simplesmente não existem em um carro elétrico. Em contrapartida, os principais pontos de atenção são:
- Bateria: A parte mais cara do carro, com vida útil estimada entre 8 e 10 anos. Embora os fabricantes ofereçam garantias extensas, sua substituição pode custar caro (em torno de R$ 30 mil a R$ 70 mil, dependendo do modelo).
- Freios: Como os veículos elétricos usam o sistema de frenagem regenerativa, o desgaste das pastilhas é bem menor.
- Sistema eletrônico: Eventuais falhas ou atualizações de software também podem representar custos, especialmente fora da garantia.
Na prática, a manutenção de um carro elétrico pode ser até 40% mais barata que a de um carro tradicional, especialmente nos primeiros anos de uso.
Impostos, seguro e benefícios fiscais
Outro fator importante são os custos com impostos e seguro. O IPVA dos carros elétricos varia conforme o estado. Em São Paulo, por exemplo, os modelos elétricos têm desconto de 50%, enquanto em estados como o Rio Grande do Norte e o Maranhão, há isenção total do imposto.
O seguro ainda tende a ser mais caro, principalmente por conta do alto valor de mercado desses veículos e da dificuldade de encontrar peças específicas em caso de colisões. No entanto, esse custo vem diminuindo à medida que o número de modelos elétricos no Brasil aumenta e o mercado segurador se adapta.
Além disso, alguns municípios oferecem incentivos extras, como isenção de rodízio e vagas exclusivas em áreas urbanas, o que também contribui para o custo-benefício do modelo.
Conclusão
Manter um carro elétrico no Brasil em 2025 pode ser mais acessível do que muitos imaginam.
Pois, com custos reduzidos de recarga, menos manutenções mecânicas e possíveis isenções fiscais, essa tecnologia tem se mostrado vantajosa, principalmente para quem roda bastante diariamente ou busca uma opção mais sustentável.
No entanto, é essencial analisar o perfil de uso, a disponibilidade de pontos de recarga na sua região e o orçamento disponível para aquisição do veículo. Dessa forma, se você está pensando em migrar para essa nova era da mobilidade, vale a pena fazer as contas e considerar todos os fatores antes de tomar sua decisão.
Afinal, o futuro da mobilidade é elétrico — e pode ser mais econômico do que parece.